quinta-feira, 18 de maio de 2017

Cia Bachiana - Programa de Abertura da Temporada 2017

A Cia. Bachiana Brasileira, dirigida pelo Maestro Ricardo Rocha, abre a sua temporada 2017 com um Concerto inédito: “A Transfiguração musical de Século XX”, com obras-primas de SchönbergStravinsky e Arvo Pärt. Serão duas apresentações: dia 18 de maio no Planetário da Gávea (Première) e no dia 20 de maio o Concerto de Abertura da Temporada 2017, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro.

Com 30 anos de vida, a Bachiana vai mostrar um instigante painel sonoro reunindo obras emblemáticas escritas no início, no meio e no fim do século XX.
A provocação do título será explicada durante o Concerto e cada uma das obras terá uma introdução ilustrativa, identificando como o século passado, pleno de experimentalismos e esgotamento dos ritmos e da tonalidade, caminhou da expressão musical imanente de sentimentos e confissões humanas, presentes ainda no pós-romantismo do início século XX, ao resgate de uma música transcendente, contemplando o que está fora do indivíduo e sem falar de si mesmo, como na obra sacra “Fratres” de nosso contemporâneo estoniano Arvo Pärt, passando pelo resgate do modalismo e da redenção dos ritmos através da pulsão telúrica que encontramos em Stravisnky.

Obras e compositores
Esta montagem, com obras consagradas como a Noite Transfigurada”, terá no “Concerto em Ré”, de Stravinsky, e “Fratres”, de Arvo Pärt, a sua ‘première no Rio de Janeiro, onde são praticamente desconhecidas da grande maioria do público. 
O austríaco Arnold Schönberg (1874-1951) abre o programa com “Noite Transfigurada” (‘Verklärte Nacht’), sua obra prima escrita em 1899 a partir de um poema de Richard Dehmel. Chegando às fronteiras do atonalismo, representava a síntese final do Romantismo Brahms-wagneriano, com sua estética descritiva de sentimentos pessoais e humanos.

No contexto da crise do sistema tonal e da criação do Dodecafonismo, apareceu o russo Igor Stravinsky (1882-1971), que traria de volta à Música a pulsão vital e orgânica. A segunda obra é o seu Concerto em Ré, de 1946, portanto após a Segunda Guerra e já distante do serialismo vienense, expressando, porém, a tendência de afirmação rítmica telúrica e da linguagem modal como caminho a ser seguido, o que se deu principalmente nas Américas do Sul e do Norte.
Por fim, representando o final do século XX, apresentamos a obra Fratres, do compositor estoniano Arvo Pärt (1935), escrita entre os anos 1977-1998. Afirmando a linguagem modal como a mais natural do espírito humano, ela nos devolve a experiência da transcendência na música, confirmando a transfiguração musical do século no retorno às origens da sacralidade e da pureza modal. 
SERVIÇO:
Concertos: - Planetário da Gávea (première): quinta, 18 maio, às 20h
                        Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100, Gávea (entrada franca)

        - Sala Cecília Meireles, sábado, 20 de maio, às 20h
                     Largo da Lapa, 47, Centro - RJ. Tels.: (21) 2332-9223 / 2332-9224
                     Ingressos a R$ 20, (idosos e estudantes) e R$ 40, na Sala ou Ingresso.com.

Intérpretes:
        - Solista: Nikolay Sapoundjiev, violino
        - Orquestra Bachiana Brasileira
        - Direção musical e Regência: Ricardo Rocha

Programa:  - Parte I:  Arnold Schönberg, A Noite Transfigurada (Verklärte Nacht);
                                        versão para orquestra de cordas de 1943

         - Parte II:  Igor Stravinsky, Concerto em Ré (1946)
                                         Arvo Pärt, Fratres, para Violino, Cordas e Percussão (1977-1991)

Teaser
concerto “Transcrições e Intertextualidades”, realizado no dia 30 de julho de 2015 na Sala Cecília Meireles: 

Solista e Regente



Nikolay Sapoundjiev - Violino
Natural Plovdiv, Bulgária, começou os seus estudos de violino aos 6 anos com Maria Naneva e com 9 fez o seu primeiro recital solo. Na Escola de Música "Dobrin Petkov" foi escolhido como um dos 12 alunos do famoso violinista Mincho Munchev.
Aos 13 anos, já vencedor do Concurso Nacional das Escolas de Artes por três anos consecutivos, tornou-se o membro mais jovem e, depois, spalla da Orquestra Jovem de Câmara de Plovdiv, atuando como solista em turnês na Alemanha e Áustria. Com a Orquestra de Câmara da Escola de Música "D.Petkov", apresentou-se como solista na Noruega, Bélgica, gravando para TV e a Rádio Nacional Búlgara. Em 1993, tornou-se spalla da Colegium Musicum Plovdiv e foi solista da Filarmônica de Plovdiv, entrando mais tarde para a Academia Nacional de Música "Pancho Vladuiguerov” de Sófia, Bulgária, onde estudou com a profaEugenia Popova, discípula do grande Leonid Koga.

Aos 20 anos, em 1997, veio para o Brasil integrar a Amazonas Filarmônica, em Manaus, acumulando, em 1998, os cargos de professor de violino no Liceu de Artes e Ofícios "Cláudio Santoro” e o de Coordenador do Núcleo de Música. Participou da criação da Orquestra Experimental Amazonas Filarmônica e, em 2005, assumiu o posto de spalla da Orquestra de Câmara do Amazonas. Em 2008, foi spalla da Orquestra do festival Ex Toto Corde na cidade de São Paulo, onde colaborou com o mundialmente famoso violinista Shlomo Mintz, com quem teve aulas no mesmo festival. No Rio de Janeiro desde 2010, é violinista da Orquestra Sinfônica Brasileira e integra os grupos CordaQuarteto Françaix  e Orquestra Bachiana Brasileira.

 
Ricardo Rocha - Maestro

Regente e Diretor Musical, possui os títulos de Kapellmeister (pós-graduação em ópera e concertos sinfônicos na Alemanha), o de Mestre e Bacharel em Regência pela UFRJ, e o de Piano na E.M. Villa-Lobos.

Fundou a Sociedade Musical Bachiana Brasileira de fato em 1986 e de direito em 1993. Com seus corpos coral e orquestral sob o nome de Cia. Bachiana Brasileira, teve montagens escolhidas entre os dez melhores concertos do ano pelo jornal O Globo em 2007, 2008 e 2011, sendo aclamada em 2009 com o prêmio mais importante do Governo do Estado do RJ em Música Erudita. Em 2012, dirigiu o concerto comemorativo pelos seus 30 anos de regência profissional no Teatro Municipal do RJ.
Em 2013 a SMBB lançou o filme-documentário “Vinte anos de um sonho em processo (1993-2013)”, com takes de várias montagens ao longo das duas últimas décadas, além de depoimentos de importantes maestros, compositores e acadêmicos sobre a sua trajetória no Rio e no Brasil.
Na Alemanha, Rocha criou e dirigiu, por 11 anos (1989 a 2000), o ciclo “Brasilianische Musik im Konzert” para a difusão da música sinfônica brasileira, gravando e fazendo turnê à frente de grandes orquestras como a Sinfônica de Bamberg, as Filarmônicas da Turíngia e de Südwestfallen e a Sinfônica de Baden-Baden, seguindo mais tarde como regente convidado nesse país.
Foi Diretor e Regente Titular da Orquestra Sinfônica da UFMT (1992-93), assim como Professor de Regência e Maestro Titular da Orquestra e do Coro da Escola de Música da UFMG (1994-95). De 2001 a 2006 dirigiu a Orquestra Sinfônica do Festival de Inverno de Campos dos Goytacazes, RJ (FEMÚSICA) e, por quatro edições - 2006, 2011, 2012 e 2014, foi o Diretor da área sinfônica do Curso Internacional de Verão de Brasília (CIVEBRA), incluindo os ensaios e concertos das orquestras e a classe de Regência.
Rocha é autor dos livros “Regência, uma arte complexa” (2004), e “As Nove Sinfonias de Beethoven – uma Análise Estrutural” (2013). Diplomou alunos de Regência na Escola de Música da UFMG, mantendo hoje, no Rio de Janeiro, classes particulares de regência sinfônica e ópera, sendo ainda professor em cursos livres de extensão, como os da Pós-Graduação da Faculdade de São Bento, da Pós-Graduação do Conservatório Brasileiro de Música, do Centro Cultural Justiça Federal, Curso Baukurs e outros, tendo artigos publicados em português e alemão.

Algumas das muitas gravações da Cia. Bachiana

                                       1 - BRAHMS - Quarta Sinfonia
      Movimentos III e IV:  

2 -  ASTOR PIAZZOLLA -   As Quatro Estações Portenhas
      

3 -  CLAUDE DEBUSSY,/ A.Schoenberg: Prélude à l'aprés-midi d'un faune
       


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